quarta-feira, 29 de junho de 2011


Mina de magnesita

A Nova História, em suas diversas expressões, contribuiu para renovação e ampliação do conhecimento histórico e dos olhares da história, na medida em que foram diversificados os objetos, os problemas e as fontes. A História Regional constitui uma das possibilidades de investigação e de interpretação histórica. (...) Através da História Regional busca-se aflorar o específico, o próprio, o particular. (Oliveira, p. 15, 2003). Brumado é um município da Bahia Sua população, segundo dados do IBGE em 2009, é de 64.642 habitantes. Conhecido como a capital do minério, o Município de Brumado situa-se na Região Sudoeste da Bahia. A economia do município está baseada na mineração, particularmente de Magnesita e talco, e no comércio. Na indústria possui importantes mineradoras como o exemplo da Magnesita S/A. A mineração é a maior fonte de riqueza da cidade, a produção de minério provém quase exclusivamente dessa região e possui a terceira maior mina de Magnesita do mundo e está localizado na serra das Eguas; sendo o setor em que a maior parte da população se encontra empregado. A Magnesita foi criada em 1939, após a descoberta de depósitos de Magnesita em Brumado, no estado da Bahia. Suas atividades industriais começaram em 1944, em Contagem (MG), com a produção de refratários aluminosos e sílico-aluminosos. O sentido de uniformização de conceitos, para facilitar o entendimento, o nome Magnesita simplesmente, sempre que referenciado no texto, estará caracterizando o minério, independente da fonte de origem. A Magnesita é uma matéria-prima nobre, largamente utilizada na obtenção de magnésio metálico e de alguns compostos de magnésio, comumente utilizados nas indústrias farmacêutica, química e de refratários. A Magnesita é, naturalmente, a fonte principal de magnésio1 Sua representação química é expressa através da fórmula MgCO3, tendo composicionalmente 47,8% de MgO e 52,2% de CO2, exibindo hábito hexagonal, apresentando estrutura cristalina idêntica àquela da calcita, ocorrendo tanto na forma de cristais perfeitos de faces romboédricas, como agregados de grãos grosseiros, com dureza variando de 3,0 a 3,2, densidade 3,5 a 5, brilho vítreo,apresentando tonalidade branca com reflexos amarelados, acinzentados, vermelhos ou castanho, ocorrendo comumente em veios e massas irregulares, derivadas da alteração da serpentina pela ação de águas carbônicas. As minas de Magnesita ao longo da sua descoberta vêm contribuindo muito para o desenvolvimento histórico da cidade de Brumado. 
3ª maior mina de magnesita no mundo  
 Com a mina de Magnesita veio para a cidade a Empresa Magnesita S/A. A mineração iniciou-se em 1945, em plena Guerra Mundial a partir daí, a Magnesita S/A vem mantendo estudos permanentes de geologia e pesquisa na Serra das Éguas. Sendo a maior empregadora de mão-de-obra industrial da região. Em Brumado, destacam-se vinte minas produtoras de Magnesita e talco, situadas na Serra das Éguas, onde as principais minas são a de Pedra Preta e a de Pomba. A mina de Cabeceiras é a principal responsável pela produção de talco. Historicamente ela vem contribuindo para a evolução da cidade trazendo empregos, cursos profissionalizantes, o turismo e a tecnologia abrangendo todo território Brumadense. Pois em tudo a mina de Magnesita está direto ou indiretamente fazendo parte da história de Brumado através de produtos retirados da Magnesita como, por exemplo, plásticos, cosméticos, agronegócio,produtos químicos para agricultura, papel e celulose, cerâmica no talco e fertilizantes entre outros produtos.
Referências:
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/magnesita.pdf
http://www.magnesita.com.br/minerais/oxido-de-magnesio
http://www.moodle.ufba.br/mod/forum/discuss.php?d=21214
http://pt.scribd.com/doc/46336712/magnesita


Em prol da sustentabilidade
Magnesita S/A
 
Reciclagem de materiais refratários realizada pela Magnesita
tem foco na preservação ambiental e na utilização consciente de minerais não renováveis


Pico da Pedra Preta (Mina)

Os materiais refratários estão presentes no desenvolvimento humano desde o início do domínio do fogo para a produção de metais (bronze, cobre, etc.) e posteriormente para a produção do ferro, vidros e ligas mais elaboradas. Basicamente, eram constituídos por argilominerais naturais, contendo elevado teor de óxido de alumínio e sílica, capazes de serem facilmente moldados após o processo de secagem e de queima resistindo a temperaturas suficientemente elevadas (acima do ponto de fusão dos metais, ligas metálicas e dos vidros artesanalmente produzidos).
Mina de magnesita
"Reciclagem de materiais refratários após uso e seu impacto na sustentabilidade e preservação ambiental de recursos minerais não renováveis" é o tema do trabalho homenageado com o 12º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira na categoria Meio Ambiente, organizado pela revista Minérios & Minerales. O projeto foi desenvolvido por Guilherme Frederico B. Lenz e Silva, pesquisador sênior; Daniele Fonseca de Lima, coordenadora do núcleo de reciclagem de materiais refratários; e Aloyso O. Figueiredo Jr., pesquisador master, todos da Magnesita Refratários.
Atualmente, os materiais refratários englobam uma vasta gama de materiais (óxidos, carbetos, boretos, carbono e suas misturas), que possuem propriedades superiores (térmicas, físico-químicas, estruturais) quando utilizados em elevadas temperaturas (>1580 °C), capazes de resistirem a ambientes agressivos (aço, gusa, metal líquido, escória) por um determinado período de tempo.


Mesmo quando se utilizam matérias-primas sintéticas na composição dos materiais refratários, estas também são provenientes de alguma transformação físico-química destes recursos minerais não renováveis extraídos da natureza. Por isto, o emprego de ferramentas de gestão ambiental, o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias de reciclagem dos materiais refratários após uso, além da otimização de processos de beneficiamento mineral, manufatura e aplicação são condições "sine qua non" para a garantia da sustentabilidade em toda a cadeia produtiva dos materiais refratários.
Forno Rotativo
A adoção e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e uma visão de longo prazo, além de diminuir os impactos ambientais decorrentes da disposição dos resíduos refratários, têm propiciado elevado ganho ambiental, como a diminuição da geração de gases de efeito estufa (queima de combustíveis fósseis e decomposição térmica decarbonatos) e da utilização de recursos minerais não renováveis, que contribuem para a manutenção da sustentabilidade ambiental e econômica em todo o ciclo de produção, utilização, descarte e reutilização dos materiais refratários.